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Bienvenue Messi

Rolins
22 de ago. de 2021
2 min de leitura

No Barcelona desde 2000, quando lá chegou aos 13 anos, e após 17 temporadas e 35 títulos, o camisa 10, incontestável, muda de casa e segue aos 34 anos para a França, onde jogará em um clube com elenco estrelar, o Paris Saint-Germain.

Realmente a saída de Messi do Barcelona marca o fim de uma era, ouvi muitas pessoas dizerem que Messi estaria sendo ingrato, é que até deveria jogar de graça para o Barcelona, por conta de todo apoio, toda estrutura, todo carinho e dedicação (investimento) que o clube proporcionou a Lionel, mas talvez por ingenuidade e pelo fato da maioria das pessoas não estarem vivendo no mundo dos negócios do futebol, poucos sabem da realidade, e já me antecipo dizendo que tal realidade é algo normal no dia a dia, não apenas no mundo dos esportes, mas em todas as áreas onde se envolva o vil metal.

Quando o cara é levado, aos 12 anos, para a Espanha, tenham certeza que não foi caridade, caridade é dada a alguém sem interesse nenhum, doar e cobrar depois é pior que vender caro! Só levaram Messi e a família para a Espanha, porque viram potencial no garoto, o Barça tinha interesse, fizeram um investimento que deu certo, como quem compra ações e espera estar em alta para vender, e seguinte, o Barcelona ganhou muita grana, muitos títulos, dinheiro com publicidades, teve um retorno monstro com o craque e a vasta gama de estrelas que passaram pelo clube, se dirigentes não souberam preservar o patrimônio adquirido ao longo das décadas, não poderia ser Messi a pagar pela incompetência alheia, não é mesmo?

Ninguém deveria viver de gratidão, amarrado com alguém ou alguma instituição, ser grato e reconhecer, sim! Mas viver infeliz e cheio de gratidão não! Considero bonito e raro o jogador passar a carreira toda em um só clube, mas hoje em dia isso é utopia, até o Marcão (ídolo do Palmeiras) teve "vontade" de abandonar o "barco verde" e ir para o Corinthians. Eu não creio que Messi gostaria de sair do Barcelona, mas, a vida é dele, e nem nós que somos torcedores conseguimos ser totalmente fiéis e acreditar no nosso time sempre, e não é porque somos fracos, mas sim porque existe uma vida além do futebol, existe família, filhos, amigos, trabalho, saúde, política. Já fui fanático, vivi uma época da paixão pelo futebol, entendo todos termos uma fase, em geral, na adolescência, fui muito a estádios, fiquei muito em torcida organizada, agora, apenas ser extremamente fanático revela algum distúrbio, é problema para psicólogo. Resumindo, Messi é um ser humano, seu trabalho era jogar futebol pelo Barcelona, e não viver em gratidão eterna (desnecessária) sendo escravo e garoto propaganda do clube, agora seu trabalho será no Paris Saint-Germain, ao lado de craques como Neymar, Mbappé e Di Maria. Desejo toda sorte do mundo a esse argentino, craque de bola, abaixo de Pelé e Maradona, mas para mim acima de Cristiano Ronaldo.

Como sempre digo em meus podcasts, opinião é como a irmã caçula de dois amigos meus, o Sunda e o Tunda, cujo nome da garota começa com a letra"B", cada um, tem a sua!

Rolins